terça-feira, 4 de outubro de 2011

Febre aftosa: é bom saber! ;)


      A professora Rosa Mari nos alerta:

     O foco de febre aftosa confirmado no domingo, dia 18/09/2011, em uma fazenda do Departamento de San Pedro, no Paraguai, despertou novamente no Brasil a preocupação com a doença, uma vez que a aftosa é considerada altamente contagiosa e de fácil disseminação.

     A infeccção, provocada por um vírus, se caracteriza pela febre e lesões vesiculares, que podem se romper e provocar novas feridas. Elas aparecem na boca, nas tetas e entre as patas dos animais. A aftosa provoca perdas na produção de carnes e leite, com impacto econômico sobre as regiões por onde se alastra. São suscetíveis à doença os animais denominados biangulados, ou seja, que têm o casco partido em dois, como bovinos, ovinos e suínos.

Prejuízos

     A aftosa é uma das enfermidades animais mais contagiosas e causa importantes perdas para os criadores. A mortalidade é baixa em animais adultos, mas nos jovens provoca miocardites (doenças no músculo cardíaco) que levam à morte. A aftosa atinge animais bovinos, ovinos, caprinos, porcos e todos os ruminantes selvagens. Camelos, dromedários, lhamas e vicunhas têm baixa suscetibilidade ao vírus, e cavalos não são afetados.

Contágio

      A transmissão se dá por contato direto com animais infectados, contato com secreções, vetores móveis (homens, animais domésticos) que tenham estado em contato com animais contaminados e veículos e equipamentos nas mesmas condições. Em casos raros, o vírus pode ser transportado por ar. Os animais contaminados podem transmitir a doença durante o período de incubação e manifestação da aftosa. O ar expirado, saliva, fezes, urina, leite e sêmen de animais doentes provocam contaminação até quatro dias antes do aparecimento dos primeiros sintomas.

O vírus

     O vírus da febre aftosa é resistente ao congelamento e só se torna inativo em temperaturas superiores a 50ºC. Ele sobrevive nos gânglios linfáticos dos animais e na medula óssea, onde há pH neutro, mas morre nos músculos onde o ph é inferior a 6°. Pode sobreviver em forragens contaminadas e no meio ambiente por até um mês se houver condições favoráveis de temperatura e pH.

      Carne e produtos derivados com pH acima de 6 também conservam o vírus. Bovinos vacinados expostos à doença ou infectados e não abatidos retém o vírus por 30 meses ou mais (búfalos); nos ovinos o período de conservação é de 9 meses. O período de incubação em animais vivos e não vacinados é de 2 a 14 dias. Depois disso começam a aparecer sintomas.

Sintomas

     Nos primeiros dias antes da manifestação das feridas os animais apresentam falta de apetite, calafrios, febre e redução da produtividade de leite. Após a manifestação de vesículas e aftas nas mucosas e língua, feridas no úbere e nos cascos, o animal não consegue se alimentar ou caminhar e enfraquece. O diagnóstico é feito clinicamente após a observação das feridas, e a confirmação se dá após análise laboratorial de tecido coletado na mucosa de animais afetados.


Recuperação

     A recuperação começa a ocorrer entre 8 a 15 dias após a manifestação dos sintomas. Em casos mais graves, os animais sofrem com a superinfecção das lesões, deformação de cascos, mastites (inflamações da glândula mamária) e redução permanente da produção de leite, perda de peso, doenças do músculo cardíaco, aborto e morte de animais jovens. Nos ovinos e caprinos as lesões são menos aparentes e podem passar desapercebidas. A taxa de mortalidade é alta entre animais jovens. Os porcos podem desenvolver graves lesões nas patas.

Prevenção

     Para prevenir o avanço da doença por um território, algumas medidas adotadas são a proteção de zonas livres por controle dos deslocamentos de animais nas fronteiras, o sacrifício de animais infectados ou que entraram em contato com indivíduos doentes, desinfecção dos locais e de todo material infectado (artefatos, veículos, roupas), destruição dos cadáveres e produtos animais suscetíveis na zona infectadas e quarentena.
Nos animais, a prevenção ocorre com a vacina com vírus inativado. A imunidade é conferida seis meses após as primeiras vacinações.

Regiões afetadas

A febre aftosa é endêmica em partes da Ásia, África, Oriente Médio e América do Sul, onde ocorrem focos esporádicos em zonas consideradas livres da doença.


Risco para o homem

      A aftosa não representa risco à saúde humana. A doença não é transmitida pelo consumo de carne, leite e derivados de animais infectados. Alguns casos raros de feridas nas mãos e outros sintomas leves foram relatados em seres humanos que lidavam de forma muito próxima com animais infectados.

     A aftosa não representa risco à saúde humana. A doença não é transmitida pelo consumo de carne, leite e derivados de animais infectados. Alguns casos raros de feridas nas mãos e outros sintomas leves foram relatados em seres humanos que lidavam de forma muito próxima com animais infectados.

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EPIDEMIA – Doença infecciosa e transmissível que ocorre em uma comunidade ou região e pode se espalhar rapidamente entre as pessoas de outras regiões, originando um surto epidêmico. Isso poderá ocorrer em razão de uma mutação do agente transmissor da doença ou pelo surgimento de um novo agente desconhecido.

ENDEMIA – É qualquer doença que ocorre apenas em um determinado local ou região, não atingindo nem se espalhando para outras comunidades.

PANDEMIA – É uma epidemia que atinge grandes proporções, podendo se espalhar por um ou mais continentes ou todo o mundo, causando muitas mortes ou destruindo cidades e regiões inteiras.

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